A Meta, empresa dona de redes sociais como Instagram e Facebook, estaria considerando a possibilidade de inserir anúncios no WhatsApp como parte de um plano para aumentar a receita da empresa segundo as informações do jornal Financial Times.
Internamente, as equipes da Meta estariam debatendo a questão de exibir ou não anúncios no WhatsApp pela primeira vez no aplicativo. A ideia desse projeto seria exibir propagandas em listas de conversas com contatos na tela de chat do WhatsApp, mas ainda não há uma decisão final.
Em seu perfil oficial no X (ex-Twitter) o CEO do WhatsApp, Will Cathcart, negou as alegações, afirmando que a história era falsa. No entanto, antes disso, um porta-voz do WhatsApp não negou que a ideia tivesse sido debatida, mas enfatizou que não estavam testando ou planejando essa implementação.
A
questão teria gerado debates internos na empresa, com preocupações de
que a introdução de anúncios afastaria os usuários. Além disso, a Meta
estaria avaliando, junto da ideia de colocar anúncios, a possibilidade
de cobrar uma taxa de assinatura para oferecer o aplicativo sem
propagandas.
Em
2018, antes do caso Cambridge Analytica, a Meta discutiu internamente a
possibilidade de colocar propagandas no aplicativo. No entanto, o escândalo de dados esfriou o ímpeto da companhia na época.
A Meta vem buscando expandir suas receitas, especialmente após preocupações dos investidores relacionadas ao metaverso e à política de privacidade da Apple, que afetou os anúncios no Facebook. Recentemente, a empresa registrou crescimento nas receitas, impulsionado principalmente pela publicidade.
A
empresa também teria testado recentemente a capacidade de companhias
enviarem mensagens de marketing direto para usuários que aceitarem
recebê-las, o que poderia levar à exibição de anúncios para todos os
usuários, ao lado de suas conversas, semelhante ao que ocorre em outras
plataformas.
Há preocupações de que seguir esse modelo prejudique a experiência dos usuários e os leve a abandonar o aplicativo em busca de alternativas sem anúncio. Há também questões relacionadas ao impacto na privacidade dos usuários que anúncios no WhatsApp teriam - Brian Acton, fundador do WhatsApp, deixou a Meta em 2018 por discordar de como a empresa planejava tratar da privacidade dos usuários do aplicativo.
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