Pesquisa da EnTribe aponta diminuição da eficácia do marketing de influenciadores entre consumidores nos EUA
Os consumidores estão cansados do marketing de influenciadores e agora buscam conteúdo gerado por usuário comuns (UGC), ou conteúdo relacionado à marca criado através da experiencia de clientes, ao menos nos EUA, aponta novo estudo da EnTribe.
A pesquisa foi divulgada terça-feira, 6, com a participação de mais de 1.000 consumidores americanos de 18 a 60 anos ou mais. O estudo buscou analisar a percepção dos consumidores em relação às marcas que utilizam marketing de influenciadores no comparativo com aquelas que empregam conteúdo gerado pelos próprios usuários.
O estudo revelou que 86% dos entrevistados demonstraram maior confiança em marcas que publicam conteúdo gerado organicamente, em contraste com 12% que demonstraram preferência por produtos promovidos por influenciadores.
Além disso, 81% dos entrevistados disseram que os profissionais da promoção de marcas não tem impacto ou tem um impacto negativo em sua percepção das empresas anunciadas, com mais da metade (51%) admitindo que passam direto pelas postagens dos influenciadores.
Outros 62% dos
entrevistados revelaram que nunca compraram um produto promovido por um
influenciador, enquanto 42% dos que compraram um produto endossado por
um influenciador admitiram se arrepender da compra.
Adam Dornbusch, fundador e CEO da EnTribe, interpretou os resultados como indicativos de uma transição do marketing de influenciadores para o foco em conteúdo gerado pelos consumidores. O executivo citou a "fadiga do influenciador", fenômeno que ocorre quando o público se cansa de ver conteúdo repetitivo do influenciador, como um fator significativo nessa mudança.
Brasil tem outros indicadores
No Brasil, assim como em outras economias emergentes, a força dos influenciadores sobre o público é mais intensa. Dados da Statista indicam que o país é o primeiro do ranking mundial em que esses profissionais são mais relevantes para a decisão de compra online, com 43% da população tendo realizado uma compra com base num "influencer".
Em um comparativo, a China que figura no segundo lugar, país onde o TikTok foi criado, a parcela é de 34%.
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