Anonymous: Quais ataques já foram realizados por células do grupo no Brasil

Com várias células atuantes, inclusive no Brasil, o Anonymous voltou a entrar em evidência nesta semana após "declarar guerra" contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Além de dizer que Bolsonaro "pagaria pelos crimes cometidos", a divisão do grupo chamada "EterSec" aplicou um golpe de deface no site do Fib Bank.

Essa não é a primeira vez, inclusive, que o chefe do Executivo do Brasil é alvo do grupo. Para relembrar esse e outras ações diretas, produzimos uma lista com sete outros ataques reivindicados por células do grupo.

 

1. Ministério da Defesa

À época candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro foi alvo da Anonymous ainda em 2018. No caso, o Ministério da Defesa foi hackeado em uma ação que visava expor Hamilton Mourão, vice-presidente, e o general Villas Bôas, ex-comandante do Exército.

"Essa é uma mensagem direta ao fascismo e autoritarismo que ameaça à democracia brasileira através de seus generais Eduardo Villas Bôas e Mourão, vulgo vice do Bolsonaro, que sempre mandam recado com viés autoritário por meio de entrevistas, querendo tutelar a democracia por meio da força e do medo", dizia trecho de uma mensagem da célula AnonOpsBR.

 

2. Família e governo Bolsonaro

Mais recentemente, em junho do ano passado, o Anonymous vazou dados de familiares e ministros do governo Bolsonaro, entre eles Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), Abraham Weintraub (ex-ministro da Educação), Damares Alves (ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos) e outros.

Em uma "segunda leva" de ataques, o ministro da Economia, Paulo Guedes; o ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel; Michele Bolsonaro, primeira dama da República e Olavo de Carvalho, tido como "ideólogo" de Jair Bolsonaro, foram atacados e tiveram dados pessoais expostos.


3. JBS e Friboi

Em maio de 2017, o Brasil viu explodir um grande escândalo de corrupção envolvendo empresas do setor de proteína animal como JBS e Friboi. O Anonymous disse, na época, ter invadido os sistemas das empresas e acessado contas de e-mail de centenas de funcionários, incluindo diretores.

"Aos trabalhadores dessas empresas, saibam que o problema não é com vocês, e sim com essa corja de ladrões, corruptos e filhos da p*** que estão acabando com o nosso povo e nosso país", dizia uma mensagem publicada pelo grupo de hacktivistas.


4. Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal

Em novembro de 2017, uma célula do grupo invadiu o site da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF). A ação não visou a divulgação de nenhuma informação pessoal, tendo sido um protesto contra o fim da Operação Lava Jato.

"[...] é um ato para mostrar que o povo está alerta com a nomeação do novo diretor da PF (Fernando Segóvia) pelo presidente Temer, nesse momento em que as investigações da operação lava-jato alcançam a cúpula do PMDB, onde além do presidente Michel Temer são alvos Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral) e os ex-deputados Geddel Vieira Lima e Henrique Alves que estão presos", dizia trecho de um texto no site.


5. Michel Temer

A gestão do ex-presidente Michel Temer (PMBD) foi, mais de uma vez, impactada nas mãos do Anonymous. Em maio de 2018, a célula brasileira do grupo lançou a operação #OpCaminhoneiros em apoio aos caminhoneiros (que estavam protestando na época) e contra o presidente da República.

Na ocasião, os dados pessoais de Temer chegaram a ser expostos na internet.

 

6. Aécio Neves

Em outubro de 2017, a célula Anon H4 realizou um ataque contra o então senador Aécio Neves (atualmente deputado federal pelo PSDB). O site oficial do político chegou a sair do ar por algumas horas.

"Indignados com a atual situação política do Brasil, com os votos favoráveis ao corrupto senador Aécio Neves, vamos iniciar uma série de ataques aos sites de todos aqueles que resolveram ferrar o brasileiro devolvendo o poder ao parlamentar corrupto", disse a célula no Facebook, à época.


7. Olimpíadas 2016 no Rio

Os Jogos Olímpicos de 2016, realizados no Rio de Janeiro, sofreram com uma grande resistência de vários grupos da internet, incluindo o Anonymous. Em agosto daquele ano, o Olympic Broadcasting Services (OBS), o órgão responsável por fornecer as imagens oficiais dos campeonatos, foi hackeado pela AnonOpsBrazil.

"Já manifestamos em outros comunicados nosso repúdio à realização de megaeventos em meio às desigualdades sociais gritantes neste país. Mesmo assim, mesmo após tantas palavras, tantos manifestos ou protestos realizados nas ruas (todos sempre totalmente vigiados pela repressão, quando não reprimidos com brutal violência) o governo parece que vai seguir ignorando as vozes de seu próprio povo", pontuou a célula na época.



Fonte:
Vovo GaTu


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