Facebook, Google, TikTok e Twitter se comprometeram, durante o UN Generation Equality Forum, que acontece em Paris, França, até esta sexta-feira (2), a aprimorar a segurança online das mulheres em suas plataformas.
Dentre as promessas estão a implementação de configurações pontuais relacionadas ao controle de exibição de posts e de recebimento de comentários e respostas; navegação simplificada por recursos de proteção; linguagem amigável em interfaces; e "redução proativa da quantidade de abusos."Além disso, permissão de rastreamento e gerenciamento de relatórios arquivados a quem utiliza as redes sociais, e mais suporte para mulheres durante investigações de denúncias, fazem parte da pauta. Também, uma maior capacidade de análise de contexto, o que possibilitaria a expansão de orientações sobre políticas e produtos das companhias nos relatos de problemas.
Big techs se comprometem a reduzir taxas de abusos contra mulheres. |
Reivindicação e acompanhamento
Segundo levantamento da Web Foundation, 38% das pessoas que se identificam com o gênero já sofreram abusos virtuais, uma taxa preocupante que se eleva para as que pertencem às gerações Z e Millennial (45%). E mais: o cenário tende a se agravar para mulheres negras e membros de outras comunidades marginalizadas.
Quatro consultas foram realizadas pela entidade durante 11 meses, e as decisões das gigantes se basearam nos resultados dos estudos, que evidenciaram a necessidade de medidas de ampla curadoria e melhorias nos sistemas de relatórios.
Agressões aumentam dependendo do grupo avaliado. |
Ainda de acordo com a instituição, que acompanhará o andamento das operações e publicará documentos anuais a respeito do assunto, as empresas envolvidas afirmaram que aplicarão as mudanças dentro de um prazo ainda não divulgado e compartilharão suas ideias de avanços. A pressão pública foi fundamental para o movimento.
Mais de 200 personalidades assinaram uma carta endereçada aos CEOs das plataformas, na qual solicitam a execução dos planos. Nomes como os das atrizes Emma Watson e Gillian Anderson, e de autoridades do Parlamento do Reino Unido (Diane Abbott e Jess Phillips), além de Catherine Stihler, CEO do Creative Commons, e Julia Gillard, ex-primeira-ministra da Austrália, são exemplos.
Por fim, o Facebook lançou, nessa quarta-feira (30), a Central de Segurança da Mulher, e seus recursos, em breve, estarão disponíveis em 55 idiomas.
Fonte:
Engadget
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