Microsoft: Empresa corrige bug do Windows Defender de 5 anos que estava prejudicando o desempenho do Firefox

Muitas chamadas para o kernel do Windows estavam roubando o trovão do Firefox

A Microsoft lançou uma atualização crucial para correção de bugs em seu aplicativo antimalware Windows Defender. Sua chegada significa que alguns usuários infelizes do Firefox agora devem obter uma experiência muito mais suave e com melhor desempenho ao navegar na web.


Atualização (11 de abril): O desenvolvedor Mozilla que trabalhou na correção desse problema de desempenho e o relatou à Microsoft adicionou o seguinte em um tópico do Reddit, esclarecendo a natureza da correção de bug:



"O impacto dessa correção é que em todos os computadores que contam com o recurso de proteção em tempo real do Microsoft Defender (que é ativado por padrão no Windows), MsMpEng.exe consumirá muito menos CPU do que antes ao monitorar o comportamento dinâmico de qualquer programa por meio de ETW (Rastreamento de Eventos para Windows)."


"Para o Firefox, isso é particularmente impactante porque o Firefox (não o Defender!) depende muito do VirtualProtect - que é monitorado pelo MsMpEng.exe por meio do ETW. Esperamos que em todos esses computadores, o MsMpEng.exe consuma cerca de 75% menos CPU do que ele fez antes quando está monitorando o Firefox."



A história original segue abaixo:

Por mais de cinco anos, a proteção de segurança fornecida pelo Microsoft Defender afetou negativamente os usuários do Firefox durante suas sessões de navegação na web. O componente Antimalware Service Executable do Defender (MsMpEng.exe) estava agindo de forma estranha, mostrando um alto uso da CPU quando o Firefox estava sendo executado ao mesmo tempo.

Os usuários reclamavam que o Defender estava estressando a CPU enquanto o navegador Mozilla ficava lento e sem resposta. O problema foi relatado pela primeira vez há 5 anos e era aparentemente exclusivo do Firefox, pois poupava o Edge e outros navegadores de terceiros, como o Chrome.

Em março de 2023, os desenvolvedores da Mozilla conseguiram finalmente descobrir a origem do problema : o Firefox depende e executa um número muito alto de chamadas para a função VirtualProtect do kernel do sistema operacional enquanto rastreia eventos do Windows (ETW). VirtualProtect é uma função para alterar a "proteção em uma região de páginas confirmadas no espaço de endereço virtual do processo de chamada", explica a Microsoft , e o Defender fazia muitos "cálculos inúteis" em cada evento enquanto o Firefox gerava muitos Eventos ETW.


Esta foi uma combinação "explosiva" que estava usando cinco vezes a potência da CPU com o Firefox em comparação com outros navegadores, disseram os desenvolvedores do Mozilla. A fundação de código aberto trabalhou com a Microsoft para resolver o problema definitivamente, e Redmond finalmente entregou uma atualização recente para o mecanismo antimalware do Defender (1.1.20200.2).


Depois de testar o bugfix por um tempo, a solução foi entregue ao canal estável com definições atualizadas do anti-malware Defender em 4 de abril (mpengine.dll versão 1.1.20200.4) e o bug foi finalmente resolvido.

Os desenvolvedores da Mozilla disseram que a atualização do Defender forneceria uma melhoria massiva de aproximadamente 75% no uso da CPU do MsMpEng.exe ao navegar na web com o Firefox. Com a correção, o recurso de proteção em tempo real do Defender - que é ativado por padrão no Windows - consumirá menos CPU do que antes ao monitorar o comportamento dinâmico de qualquer programa por meio do ETW.


A Microsoft também está trazendo a atualização para os agora obsoletos sistemas Windows 7 e Windows 8.1, já que o Firefox continuará suportando os dois sistemas operacionais "pelo menos" até 2024. Além disso, os engenheiros da Mozilla disseram que as "últimas descobertas" feitas ao analisar o estranho bug do Defender ajudaria o Firefox a "reduzir ainda mais o uso da CPU", com todos os outros softwares antivírus e não apenas com o Defender desta vez.

 

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Fonte:  
           Vovo GaTu

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