Políticas contra xingamentos e violência estão afetando a monetização de vídeos de forma retroativa
As novas regras contra violência e profanidade do YouTube, que entraram em vigor há poucos meses, estão prejudicando diretamente criadores de conteúdos relacionados a games. As reclamações estão surgindo principalmente entre aqueles que produzem vídeos sem roteiro de jogos que possuem classificações voltadas para o público adulto.
Além de limitar o alcance de vídeos e tirar sua monetização, a política instituída pelo Google também está prejudicando criadores de forma retroativa. Conteúdos considerados seguros antes da mudança agora estão sendo analisados novamente pela plataforma, que está tirando qualquer monetização daqueles que supostamente violam suas condições de uso.
O YouTube anunciou sua nova política em novembro de 2022, afirmando que trataria qualquer tipo de “profanidade” de forma semelhante. As regras preveem que xingamentos não podem ser usados no título ou nos sete primeiros segundos de um conteúdo e, mesmo se essas regras forem respeitadas, um vídeo pode perder sua monetização caso profanidades sejam “usadas de forma consistente” no decorrer dele.
YouTube quer barrar jogos violentos
A plataforma também determinou a não monetização de jogos com conteúdos considerados visualmente violentos — anteriormente, essa regra só se aplicava quando a violência retratada estava ligada ao mundo real. Segundo o Kotaku, as regras se tornam problemáticas porque afetam todos os canais de forma retroativa, o que tem diminuído a fonte de renda de criadores que se dedicam há anos ao site.
Daniel Condren, do canal RTGame, afirma que vários de seus vídeos ganharam restrições de idade e perderam a monetização sem nenhum aviso prévio. Ele afirma que a situação se intensificou quando ele tentou entrar em contato com um representante do YouTube após ter vários de seus apelos negados pela plataforma.
Diante da situação, Condren afirma que vai tirar um tempo da produção de conteúdo e reavaliar sua relação com o site administrado pelo Google — postura que está sendo adotada por outros grandes produtores de vídeos. No entanto, ele observa que adora o trabalho e a comunidade que criou, mas que as novas condições impostas pela empresa de forma unilateral estão sendo bastante prejudiciais para sua sobrevivência financeira.
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