O
lendário artista acusa a plataforma de streaming de 'propagar
informações falsas sobre vacinas, potencialmente causando a morte
daqueles que acreditam'
Neil Young (foto: Reprodução/Facebook) |
Neil Young conseguiu que o Spotify retirasse suas músicas após o
ultimato que lançou para que a plataforma escolhesse entre ele ou Joe
Rogan, o polêmico podcaster acusado de espalhar desinformação sobre a
COVID-19.
O lendário artista por trás de sucessos como "Heart of Gold" e "Harvest
Moon" publicou uma carta aberta esta semana acusando a plataforma de
streaming de "propagar informações falsas sobre vacinas, potencialmente
causando a morte daqueles que acreditam", ao disponibilizar os podcasts
de Rogan para milhões de ouvintes.
Na quarta-feira (26/1), ele
postou uma segunda mensagem em seu site, agradecendo à gravadora Reprise
Records, da Warner, por seu apoio "em nome da verdade". No texto,
afirma que o Spotify gera 60% de sua renda musical.
Ainda assim,
pensa que o boicote vale a pena. "Mentiras são vendidas por dinheiro",
escreveu. "Percebi que não poderia continuar apoiando a desinformação do
Spotify, que representa um risco à saúde entre os amantes da música."
A
remoção da discografia de Young deve ocorrer na noite desta
quarta-feira, de acordo com o The Wall Street Journal. Ele tinha na
plataforma 2,4 milhões de seguidores e mais de 6 milhões de ouvintes
mensais.
Rogan tem um acordo exclusivo de vários anos com o
Spotify, no valor de 100 milhões de dólares, segundo relatos, além de um
enorme número de seguidores.
Joe Rogan: mentiras e preconceitos do podcaster que fez Neil Young pedir para sair do Spotify |
Críticos dizem que seu podcast é um foco de teorias da conspiração e informações falsas, em especial sobre a pandemia. O apresentador desencoraja jovens a se vacinarem e defende o uso de Ivermectina, um remédio antiparasitário, para tratar o vírus.
Joe Rogan, 54 anos, é comentarista de UFC, humorista e apresentador. O "The Joe Rogan Experience" é o podcast mais ouvido do Spotify, que tem os direitos do programa. Segundo o "Wall Street Journal", a empresa pagou mais de US$ 100 milhões pela exclusividade do podcast.
Desde que fechou contrato com Joe Rogan, o Spotify é alvo de críticas. A
empresa sueca tenta contornar as controvérsias sem perder seu
apresentador que atrai cerca de 11 milhões de ouvintes por episódio.
O site da revista "Variety" descobriu em 2021 que o Spotify, sem alarde, tirou do ar alguns dos episódios mais problemáticos, como a entrevista com um líder do grupo supremacista branco Proud Boys, que dizia que os muçulmanos não deveriam se misturar às pessoas de países ocidentais.
A empresa diz também ter apagado mais de 20 mil episódios de podcasts em todo o mundo com informações falsas sobre a Covid desde o início da pandemia. |
Em um comunicado, a empresa declarou nesta quarta-feira que "todos queremos que todo o conteúdo de música e áudio do mundo esteja disponível para os usuários do Spotify. Com isso, vem a grande responsabilidade de equilibrar a segurança para os ouvintes e a liberdade para os criadores".
O streaming apontou ainda que tem "políticas de conteúdo detalhadas" e já removeu "mais de 20 mil episódios de podcast relacionados à COVID desde o início da pandemia". Por fim, lamentou a decisão de Young e disse que "espera recebê-lo de volta em breve".
Em dezembro, uma carta aberta de 270 médicos e
professores ao Spotify pediu à empresa que "moderasse a desinformação em
sua plataforma".
Fonte:
Vovo GaTu
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