Foi publicada na sexta-feira (29) a nova pesquisa Panorama do Mobile Time e Opinion Box sobre o uso de smartphones por crianças.
Os dados analisados demonstram um aumento significativo de crianças com um celular próprio, ocasionado pelo isolamento social e o ensino à distância neste período da pandemia de covid-19.
Em famílias cujos pais possuem smartphones, 49% das crianças de 0 a 12 anos possuem um aparelho próprio. O aumento foi maior em crianças da faixa etária entre 7 e 9 anos, onde a proporção cresceu de 52% para 59% no intervalo de um ano, seguido do grupo de 10 a 12 anos que subiu de 76% para 79%.
Dentre os pais de crianças com celular próprio, os estudos são apontados como um dos motivos em 58% dos casos, seguido por entretenimento (57%) e comunicação com os filhos (54%). Já entre os pais que emprestam seus celulares, a principal razão é entreter enquanto eles estão realizando uma tarefa em 57% dos casos, sendo que 41% disse que desejam que seus filhos desenvolvam habilidades com tecnologia (foi permitido selecionar mais de uma opção).
Em casos onde os pais não permitem o acesso das crianças a um smartphone, onde a criança não tem o seu próprio e não usa o dos pais emprestado, os principais motivos são: o prejuízo ao desenvolvimento das crianças (66%), o risco de exposição a conteúdos inapropriados (36%), risco a saúde (28%) e medo de que a criança o quebre (21%).
Os dados ainda demonstram que, durante a pandemia, os pais brasileiros tiveram menos controle do tempo que as crianças passam no smartphone, caindo de 72% para 65% o número de pais que estipulam limite máximo de uso por dia. Sendo que, quanto mais velha a criança, mais tempo ela passa no smartphone. No grupo de 10 a 12 anos, 37% ficam quatro horas ou mais no celular.
A pesquisa entrevistou 1.962 pais que possuem smartphone e que têm filhos de 0 a 12 anos. Segundo os dados, 60% desses pais reconhecem o uso excessivo e que seus filhos passam mais tempo do que deveriam com o celular. As mães (63%) são mais preocupadas que os pais (55%) e, em geral, a aflição é maior nas famílias das classes A e B (63%) que nas das classes C, D e E (58%).
Fonte:
Mobile Time
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