Em qualquer plataforma com criadores de conteúdo, não são poucas as teorias da conspiração afirmando que streamers populares possam ser protegidos das regras aplicadas a outros.
Com o grande hack que a Twitch sofreu neste mês, o vazamento de uma lista chamada "não banir" parecia confirmar justamente isso. Mas é interessante entender melhor do que essa lista trata.
Jornalistas do Washington Post procuraram funcionários da Twitch que concordaram em comentar mais sobre a lista na condição de anonimato, já que a empresa não permite falar publicamente das informações que vazaram sobre a plataforma quando foi hackeada.
Antes de mais nada, a lista "não banir" que vazou é real, mas já tem um cinco anos de idade e deve estar completamente desatualizada. E a segunda parte, mais importante, é que essa não é uma lista de streamers que podem fazer o que quiser e não serem banidos, mas sim o que seria, na verdade, uma lista de "não banir imediatamente".
Streamers grandes também recebem reports não justificados, e a ideia da lista seria colocar os nomes que não devem ser banidos sem uma investigação apropriada. Além disso, a lista é tão antiga que pega a época que, no papel, a Twitch não permitira streamings que não fossem estritamente sobre games. Tim Betar, o TimTheTatman, por exemplo, estava na lista para não ser banido pelas suas lives que não fossem sobre jogos.
Há de se notar, no entanto, que não deixa de ser tratamento especial. E esses nomes passariam pela avaliação de pessoas, colocando um fator de julgamento e, possivelmente, de parcialidade no processo.
As fontes anônimas do Post dizem que essas listas não são mais usadas, e a Twitch se recusa a comentar o caso.
Fonte:
Washington Post, Kotaku
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