Segundo o ministro, o retorno do auxílio emergencial ainda é uma possibilidade para os cofres do governo, mas deve retornar com um planejamento orçamentário mais "focalizado." Caso o benefício seja distribuído novamente, cerca de 32 milhões de pessoas podem ser contempladas.
O número é pouco menos da metade dos 67,9 milhões de brasileiros que receberam o auxílio emergencial em 2020, durante o começo da pandemia do coronavírus. "Estamos preparados para fazer as coisas dentro das proporções", indica Paulo Guedes.
Calamidade pública
De acordo com Guedes, o novo auxílio emergencial seria focado apenas em brasileiros que não recebem nenhum tipo de benefício estatal. Com isso, os integrantes do Bolsa Família, por exemplo, seriam excluídos da nova onda.
O ministro também disse que o governo está preparado para oferecer uma resposta rápida para a população com o auxílio emergencial. Porém, o benefício só será liberado caso um estado de "calamidade pública" seja deflagrado.
"Nós temos como orçamentar isso, desde que seja dentro de um novo marco fiscal", explica o ministro da Economia. "Se o Congresso aciona o estado de calamidade, temos condição de reagir rapidamente."
Os debates sobre o retorno do auxílio emergencial em 2021 acontecem desde janeiro, mas nenhuma decisão concreta foi tomada. A eleição da Câmara ocorreu nesta semana e, após a aprovação do orçamento da União, que deve ocorrer até março, pode ser que as conversas sobre a distribuição do benefício voltem a avançar.
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