Após o episódio violento no Capitólio dos Estados Unidos, uma série de medidas contra Donald Trump e simpatizantes tem sido tomadas pelas maiores redes sociais. Ainda na noite desta sexta (8), o Twitter anunciou a suspensão permanente da conta oficial do presidente norte-americano.
Facebook, Amazon e Reddit também agiram em meio à pressão e à desobediência das regras de uso das respectivas plataformas, mas não parou por aí. Pressionado, o Google também baniu o aplicativo Parler, autointitulado mídia social de “liberdade de expressão”.O aplicativo não está mais disponível na Google Play, loja oficial do Google. A remoção foi reportada pelo jornal Politico e pelo New York Times.
A fim de proteger a segurança do usuário no Google Play, nossas políticas de longa data exigem que os aplicativos que exibem conteúdo gerado pelo usuário tenham políticas de moderação e aplicação que removem conteúdo ofensivo, como postagens que incitam a violência. Todos os desenvolvedores concordam com esses termos e lembramos a Parler dessa política clara nos últimos meses. Estamos cientes das postagens contínuas no aplicativo Parler que buscam incitar a violência contínua nos EUA. Reconhecemos que pode haver um debate razoável sobre as políticas de conteúdo e que pode ser difícil para os aplicativos removerem imediatamente todo o conteúdo violador, mas para distribuir um aplicativo por meio do Google Play, exigimos que os aplicativos implementem moderação robusta para conteúdo flagrante. Devido a esta ameaça contínua e urgente à segurança pública, estamos suspendendo as listagens do aplicativo na Play Store até que ele resolva esses problemas.
A Parler não respondeu imediatamente ao pedido de posicionamento do site.
Ainda na tarde desta sexta, a Apple ameaçou retirar o aplicativo alternativo ao Twitter, popular entre apoiadores trumpistas e conservadores. Segundo a empresa de Cupertino, a ação seria tomada caso a Parler não controlasse o comportamento violento de seus usuários no app. “Parler não está moderando e removendo efetivamente o conteúdo que incentiva atividades ilegais”, dizia o e-mail o qual a BuzzFeed News teve acesso. O conteúdo enviado ao CEO da plataforma, John Matze, também solicitava a criação de um “plano de melhoria de moderação” até o sábado (9).
“Aparentemente, eles acreditam que Parler é responsável por TODO o conteúdo gerado pelo usuário em Parler”, respondeu Matze em uma postagem na própria rede social. “Portanto [sic] pela mesma lógica, a Apple deve ser responsável por TODAS as ações tomadas por seus telefones”, concluiu o CEO.
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