Free Fire: Liga NFA comemora números em 2020 e promete mudanças após bans

Equipe da NFA comentou a respeito dos planos para a temporada em 202, seu calendário e estúdios.
A Liga NFA (National Free Fire Association) se tornou, em 2020, o maior campeonato independente de Free Fire do Brasil.

Com edições ocorrendo desde 2019, seus eventos promovem disputas do jogo mobile da Garena nos PCs (por meio de emuladores). Nesta quarta-feira (2), a organização encerra mais um torneio amador de FF, a Copa NFA. Em entrevista, a equipe por trás da NFA falou um pouco sobre o sucesso das suas competições nesta temporada, sobre os recentes e polêmicos banimentos de jogadores e sobre o futuro da liga e o calendário para 2021.

Um 2020 de sucesso... mas com polêmicas

A NFA encerra 2020 com um saldo aparentemente positivo. Com a ajuda de sócios, colaboradores que trabalham em áreas como o som e arte, e um alto investimento em sua estrutura de transmissão, a NFA se consolidou como o maior campeonato independente de FF do país. Pelo menos é isso o que dizem os seus organizadores.

De fato, os números da organização também refletem esse sucesso. Considerando as plataformas YouTube e Booyah! Live, a transmissão da final da Liga NFA Season 4, ocorrida no dia 4 de outubro, chegou a um pico de 587 mil espectadores simultâneo. O número é maior que os 175 mil alcançados na Season 3 e supera até mesmo torneios famosos, como o Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLoL), que contou com 395 mil espectadores na final da segunda etapa de 2020. Atualmente, o vídeo da final no YouTube soma mais de 4,2 milhões de visualizações.


Outro destaque da liga em 2020 foi o prédio Hangar X, nova casa dos torneios promovidos pela organização. O CEO da NFA Marcelo Camargo afirmou que o espaço foi planejado e realizado pela necessidade de evoluir em relação à transmissão e gerar mais profissionalismo e qualidade. O Hangar X conta com um espaço de 240m², sendo 40m² para o cenário dos campeonatos (aqueles exibidos nas transmissões).

Samuel Gonçalves é sócio da NFA e responsável em garantir a estabilidade e o funcionamento do estúdio. O executivo exaltou o novo local de transmissão e falou do investimento feito, que teria sido alto. "Percebemos que apenas uma grande premiação não é suficiente para nosso cenário. É preciso criar e mostrar a história da competição, mostrar todo investimento em uma estrutura de campeonato, garantir que tudo seja feito da forma mais profissional e competitiva para que isso traga segurança tanto para os jogadores quanto para as empresas que querem investir nesses jogadores”, declarou.

Polêmica dos banimentos

Mas a LIGA NFA não teve apenas destaques positivos em 2020. Recentemente, a Copa NFA foi palco de uma polêmica envolvendo o banimento de diversos jogadores detectados pelo sistema anti-cheat Blackbox. Por conta disso, algumas equipes, como a NOISE, que representa a LOUD, e a Faz o P, da paiN Gaming, acabaram deixando a Copa. Elas alegaram que faltou clareza na explicação dos banimentos dos jogadores. O próprio Bruno Playhard, fundador da LOUD, afirmou em seu Twitter que sua equipe não participaria mais da NFA e de outras competições que utilizassem do Blackbox como anti-cheat.

Para evitar problemas parecidos no futuro, Camargo promete que a LIGA NFA tomará todas as medidas necessárias para que a competição com emuladores seja saudável, garantiu que trapaças não serão utilizadas de forma alguma e que não haverá injustiça com os jogadores. A próxima temporada da Liga voltará a ser presencial, o que também pode facilitar esta fiscalização.

"Vamos trabalhar com o monitoramento em tempo real das máquinas e também testes dos periféricos dos competidores para garantir que nem softwares ou hardwares gerem uma vantagem injusta. Além disso, os computadores serão de uso exclusivo para o jogo, ou seja, não estarão aptos à abertura de nenhum outro aplicativo", detalhou.

Banimento de JordanXP e falta de informações levou o fundador da LOUD a abandonar a NFA — Foto: Reprodução/LOUD


LIGA NFA em 2021

O CEO da NFA Marcelo Camargo afirmou que ainda está em preparo todo o cenário para a próxima temporada da Liga NFA, prevista para começar em janeiro de 2021. A intenção é que os jogadores voltem a competir presencialmente já no começo da competição, mas ainda não há previsão para ser liberada a entrada de espectadores. "Adotaremos cabines isoladas para cada equipe e também estamos criando um protocolo de segurança orientado pelas diretrizes da OMS para garantir a saúde dos players e equipe".

Os preparativos estão ocorrendo em um local inteiramente novo no prédio Hangar X, o lugar onde todas as transmissões da NFA são produzidas desde o início de 2020. "As cabines das equipes serão no mesmo prédio do Hangar X, mas não no estúdio propriamente dito", explica Camargo. Como a NFA ainda não encerrou os preparativos em Hangar X para receber os jogadores, ela seguirá funcionando remotamente até o final de 2020.

O calendário para o próxima temporada já está fechado, e a promessa é de que a temporada contará com diversas novidades que agradarão tanto jogadores como espectadores. "Por enquanto, posso dizer que todos os nossos colaboradores preparam cada atração e detalhe da Liga NFA com o intuito de levar o máximo do entretenimento e da diversão, tanto para quem joga quanto para quem assiste", finalizou o executivo.

A Liga NFA Season 4 e as demais competições ocorreram de forma remota em 2020 — Foto: Divulgação/Liga NFA


 

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