De acordo com a empresa, foram 353 milhões de aparelhos enviados para venda no período — números parecidos com os do ano passado e muito acima do esperado em previsões. |
Isso é um claro sinal da reabertura do comércio e a retomada de atividades em algumas partes do mundo ainda durante a pandemia da covid-19. Porém, uma eventual segunda onda de infecções pode levar a novas práticas de lockdown e, consequentemente, quedas no comércio em geral.
O ranking
Segundo a lista da IDC, a Samsung segue como a líder do mercado global de celulares, ultrapassando em definitivo a Huawei, que tomou momentaneamente o posto na metade do ano. A alteração já havia sido identificada também pela Digitimes Research. A sul-coreana está em ótima fase, com 22,7% do mercado e um surpreendente crescimento de 2,9% em relação ao ano passado.
Já a Huawei segue o caminho oposto, cada vez mais em baixa após um período de auge. As sanções comerciais e a pressão política que vêm e voltam fazem cada vez mais efeito e a empresa caiu 22% em um ano. Atualmente, ela detém 14,7% do mercado e pode apresentar ao menos algum respiro no final do ano, com a linha Mate 40.
O desempenho das cinco maiores fabricantes de celular do mundo.Fonte: IDC |
Outra mudança de posição curiosa está na disputa pela medalha de bronze. Em seu aniversário de dez anos de vida, a Xiaomi passou a Apple pela primeira vez (nos dados da IDC, pois isso já teria acontecido segundo outras pesquisas) e agora é a terceira maior fabricante de celulares do mundo. Com 13,1% do mercado e um crescimento de 42%, não seria uma surpresa se ela deixasse até mesmo a rival chinesa para trás ainda em 2020.
Só que a Apple, agora quarta colocada, não deve ficar nessa colocação por muito tempo. Os dados da IDC não levaram em conta o lançamento da linha iPhone 12, a primeira da Maçã com 5G, que saiu um mês depois do esperado — sem entrar, portanto, no relatório do terceiro trimestre. As vendas do iPhone 11 não foram consideradas abaixo do esperado e a geração seguinte até já bateu recorde de reservas.
A quantidade de aparelhos vendidos no trimestre (em milhões) e a porcentagem de mercado de cada uma.Fonte: IDC |
A quinta colocada é a vivo, praticamente inexistente no mercado brasileiro, indo e voltando como o último nome das cinco e ainda bem abaixo das demais. O sucesso da empresa em linhas de menor custo, como a iQOO, pode ser o caminho para ela ao menos assegurar a colocação. As demais fabricantes, unidas na categoria "Outras", comam 101,7 milhões de aparelhos vendidos e correspondem a 28,8% do mercado.
O relatório completo pode ser conferido no site da IDC.