A Microsoft anunciou
nesta terça-feira (1º) uma nova ferramenta chamada Video Authenticator,
capaz de identificar manipulações em vídeos conhecidas como deepfake. O
projeto analisa cada quadro de vídeos e gera uma pontuação de
manipulação com uma porcentagem indicando as chances de a mídia ter sido
alterada.
O serviço faz parte do Programa de Defesa da Democracia e
foi desenvolvido pelo time de P&D da Microsoft Foundation, que tem
parcerias com a AI Foundation e usa dados públicos do Face Forensics++. O
objetivo da ferramenta é defender a democracia de ameaças alimentadas
pela desinformação. O anúncio foi feito pouco antes das eleições
presidenciais dos Estados Unidos, que acontecem em 3 de novembro, mas a
pretensão é alimentá-la para o uso de longo prazo.
O Video Authenticator poderá exibir uma porcentagem de
confiança em tempo real em cada quadro de um vídeo, detectando elementos
sutis de edição, como desbotamento de cores e escala de cinza, "que não
podem ser detectados pelo olho humano".
Marca d'água digital
A Microsoft sabe que os métodos de criação de deepfakes
avançam em sofisticação e que as formas de detecção ainda têm taxas de
falha, portanto espera alimentar sua tecnologia e a longo prazo "buscar
métodos mais fortes para manter e certificar a autenticidade" de
publicações online.
"Existem poucas ferramentas hoje para ajudar a garantir aos
leitores que a mídia que estão vendo veio de uma fonte confiável e que
não foi alterada", disse a empresa em comunicado. Uma das novas
tecnologias é uma extensão para navegador que verifica os certificados e
combina os hashes para informar ao leitor se o conteúdo é autêntico ou
se foi alterado.
Outro sistema deve permitir aos produtores de conteúdo
adicionarem hashes e certificados digitais às mídias, funcionando como
uma marca d'água digital localizada nos metadados.