Em um conflito com a China que já dura décadas, a Índia estendeu a disputa para o campo da tecnologia, e já proibiu no país centenas de apps de empresas chinesas.
Não é só nos Estados Unidos que os aplicativos desenvolvidos por empresas chinesas estão enfrentando dificuldades. A Índia baniu 118 apps "made in China", incluindo o jogo "PlayersUnknowns BattleGround" (e sua versão lite), numa lista que vem crescendo desde junho e já conta com centenas de programas.Em nota, o Ministério de Eletrônica e Tecnologia da Informação da Índia disse que está banindo esses aplicativos para manter a soberania do país. "No interesse da soberania e integridade da Índia, defesa da Índia, segurança do Estado e usando os poderes soberanos, o governo da Índia decidiu bloquear o uso de certos aplicativos, usados em dispositivos móveis e não móveis habilitados para internet", afirma o comunicado.
Nessa nova leva estão Alipay, Sina News, Dual Space, LivU e VPNs que eram usados para acessar o TikTok, entre muuitos outros. De acordo com o ministério, esses apps são acusados de "roubo e transmissão clandestina de dados de usuários de maneira não autorizada para servidores localizados fora da Índia".
China e Índia estão há décadas em uma disputa territorial sobre a soberania territórios na fronteira em comum. As medidas do governo indiano em relação aos aplicativos parecem demonstrar que o país está disposto a levar questão também para o campo da tecnologia.
O TikTok estava entre os primeiros aplicativos banidos na Índia. Imagem: XanderSt/Shutterstock |
Com mais de um bilhão de habitantes, a perda do mercado indiano é um grande baque para as empresas chinesas. Por outro lado, os maiores beneficiário são Facebook e o Instagram. Segundo a empresa de pesquisa Kantar, ambas as redes sociais testemunharam um aumento de 30% no envolvimento de usuários no país em agosto.
O governo indiano supostamente está considerando ainda proibir outros aplicativos, como a gigante do varejo online AliExpress, jogos da NetEase (alguns que até licenciam conteúdo da Marvel) e vários aplicativos da marca Mi, da fabricante de celulares Xiaomi
A imprensa indiana sugeriu que a finlandesa Supercell - desenvolvedora do "Clash of Clans" - também pode ser banida, com base no fato de a chinesa Tencent ter uma grande participação no negócio.
Via: The Next Web