A youtuber e atriz Kéfera Buchmann foi condenada a pagar R$ 25 mil em um processo de danos morais
movido por um taxista com quem discutiu em 2015. Mas, além de ela
própria recorrer, o beneficiário da indenização também não ficou
satisfeito com a decisão e tentará receber um valor maior da
celebridade.
De acordo com o advogado de defesa Marcelo Tetsuya Nakashima, o taxista Wlamir Gonçalves da Silva “ficou um pouco decepcionado com a condenação, pois são mais de 20 anos na profissão de taxista e agora ele não consegue mais exercer a sua profissão”.
Wlamir, de acordo com Nakashima, precisou deixar o trabalho de taxista e hoje atua como vigilante em uma agência bancária, depois de passar por dificuldades financeiras e até ser despejado de onde morava.
O advogado confirmou que o cliente vai recorrer da condenação, em busca de um valor maior de indenização. “Acredito que Kéfera irá recorrer da decisão. Da mesma forma que nós também iremos, pois o Sr. Walmir acredita que o valor é muito baixo em relação aos danos sofridos”, concluiu. A youtuber já havia anunciado que recorreria.
O caso
Em 2015, Kéfera bateu boca com Wlamir após o motorista reclamar da marmita que a youtuber comia durante uma viagem. Após a discussão, Kéfera foi expulsa do táxi e publicou um vídeo em seu canal pedindo que fãs denunciassem o taxista para que ele deixasse a profissão, divulgando o número do celular dele e a placa do carro. Nervosa, Kéfera descreveu o episódio como humilhação por parte do motorista e comparou a situação a um filme de terror.
"Nunca passei por isso com taxista. Ele foi muito escroto. Estou com a placa do carro e o nome dele. Vou ligar para o DTP e vamos mostrar para ele como se trata um cliente de forma humana, porque o que ele fez comigo não vale", disse ela no vídeo. Depois de publicá-lo em seu canal, a youtuber ainda postou outros vídeos explicando a situação e pedindo para que seus seguidores parassem de ameaçar o motorista, que já havia sido afastado do aplicativo Easy Táxi. A publicação original foi então deletada pela youtuber.
Nos snaps, Kéferia mostrou o rosto de Wlamir e pediu aos seus (milhões de) seguidores que ligassem para o taxista e fizessem reclamações ao Departamento de Transportes Públicos (DTP).
Kéfera, entretanto, alega que recebeu autorização para comer de sua marmita. Segundo ela, a discussão começou quando ela pediu que Wlamir diminuísse a velocidade do veículo. Ela sublinhou que foi expulsa do táxi em uma avenida desconhecida. E, conforme disse, “clima de verdadeiro filme de terror”.
Segundo o taxista, Wlamir da Silva, ele pediu que Kéfera parasse de comer de uma marmita no veículo, pois o cheiro poderia incomodar os próximos passageiros. Ele também disse que, devido a um problema de saúde, ele mesmo poderia sentir-se mal. A youtuber teria se recusado e eles começaram a discutir.
No entendimento do Juiz Jair de Souza, da 1ª Vara Cível de São Paulo, o vídeo foi uma forma de "vingança privada" contra Wlamir, que pedia quase R$ 100 mil. No mesmo processo, o YouTube foi condenado a retirar do ar o vídeo, que foi republicado por outros usuários da plataforma.
Kéfera, que diz que o taxista foi machista ao chamá-la "vagabunda" por estar usando short, vai recorrer da decisão. "Ele foi muito errado, me largou no meio da Marginal [em São Paulo]. Me xingou de vagabunda, me mandou à merda, foi pra cima de mim, tirou o cinto, abriu a porta e me fez sair do carro à força. A decisão [que determinou a indenização] está completamente equivocada", disse ela ao Buzzfeed.
Fonte:
Vovo GaTu
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